Terminada a primeira edição do Monte Verde Festival, é hora de fazer algumas considerações finais.
No geral o desempenho desta organização composta por elementos jovens foi muito bom. Durante os 3 dias de festival, foi possível assistir a excelentes concertos, a um grande ambiente e a uma organização acima a média.
No que à música diz respeito, de salientar o excelente cartaz proporcionado pela organização, com total incidência em bandas portuguesas de grande nível que espelha o momento em que a mesma está a passar. Como principais notas de destaque temos David Fonseca, que deu o melhor concerto do festival, com um profissionalismo tremendo e com uma banda de eleição a acompanhá-lo, não é por acaso que é considerado um dos melhores artistas portugueses. Outra banda que merece nota de destaque pelo Sons no Vento são os The Poppers, este grupo oriundo de Lisboa mostrou uma enorme presença em palco e brindou-nos com enormes "malhas" do rock, sejam elas originais ou não, como foi o caso da "My Generation" dos The Who e da "Psycho killer" dos Talking Heads. Outra grande atuação que tivemos o direito de assistir, foi a dos Açorianos Self Assistance, grandes executantes que mostram ter qualidade para outros vôos. Pela negativa, o Sons no Vento destaca o concerto de Da Chick, que foi por assim dizer mediano, talvez muito pelo tempo de atuação ou pela preocupação em mostrar o seu novo EP, tendo optado por deixar a música por que todos ansiávamos de fora, "Monsta".
Principal nota de destaque para o som que esteve "imaculado", salvo raras exceções como no concerto de Diabo na Cruz onde este se encontrava um pouco alto havendo alguma dificuldade em distinguir alguns instrumentos.
A organização da zona de restauração também merece destaque, bons preços, tempo de espera reduzido e bastante profissionais a servir.
A segurança verificada no interior do recinto também merece nota bastante positiva.
Apesar da excelente organização, há de salientar dois aspetos negativos que se verificaram ao longo de festival. O primeiro prende-se com o facto da entrada no recinto ter causado algumas dificuldades ao público em geral, faltou alguma iluminação no percurso e a escolha do piso não foi a mais feliz. O segundo aspeto menos positivo deste Monte Verde Festival foram os atrasos verificados no inicio do primeiro concerto das três noites, o que é algo inconcebível, pois muitas pessoas deslocaram-se ao festival para ver e ouvir algumas das suas bandas favoritas, o que em alguns casos não foi possível pois o concerto das mesmas começou tardiamente.
Em suma, a primeira edição do Monte Verde Festival foi um sucesso, a organização está de parabéns por ter levado este projeto a cabo numa ilha onde é preciso coragem por enveredar por caminhos inexplorados.
Esperemos assistir à 2ª edição do festival em 2013.
À organização, PARABÉNS.
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