Monte Verde Festival - Reportagem do 1º dia

Com algumas nuvens no ar, previa-se alguma chuva neste primeiro dia de Monte Verde Festival, o que veio a acontecer mas em quantidades que até vieram ajudar a abater o pouco pó que pairava no ar.

Com uma entrada no recinto bem pensada, onde era necessário atravessar quase meia praia, faltou apenas iluminação ao longo do percurso, pormenor que deverá ser revisto em próximas edições pois poderá sentir-se alguma insegurança.

Com uma hora e quinze minutos de atraso, heis que surgem em palco os Self Assistance. O quarteto liderado por Tito Ferreira na Voz e Philip Pontes na guitarra deram o seu melhor concerto em São Miguel com um Blues Rock de fazer inveja a muitos artistas internacionalmente conhecidos. O Concerto começou com "We", uma das músicas mais antigas do grupo e que deixa sempre os fãs em polvorosa. Pelo meio tivemos o privilégio de assistir a uma versão de Jimi Hendrix, a um improviso para no fim terminarem com a "Pdl Traffic Jam", música que os empurrou para o Optimus Alive em 2011. O quarteto encontra-se mais sólido do que nunca, muito devido ao seu novo baterista, João Freitas que veio trazer o "toque" perfeito que esta banda precisava. Destaque para as dezenas de fãs que se dirigiram ao monte verde festival de propósito para os ver e que esteve irrepreensível.

Terminados os Self Assistance, é a hora dos Portuenses Dixie Boys subirem ao palco em dia de homenagem ao rei "Elvis", pois foi há precisamente no dia 16 de Agosto de 1977 que a lenda morreu. O quarteto não deixou passar esta data e homenageou um dos artistas mais badalados de sempre, tendo tocado algumas músicas do mesmo. Os Dixie Boys mostraram energia mais que suficiente para colocar toda uma plateia a bater o pé com o seu Country-Rockabily. O concerto foi muito bom, e a banda apresentou uma grande afinidade para com o público, tendo inclusive homenageado uma aniversariante. Em dia de celebração, os Portuenses quiseram também homenagear um dos pais do Rock N' Roll, Chuck Berry, ao tocar a mítica johnny b. goode. Destaque na banda para o contra baixista Rui Ferreira que toca o instrumento de modo a parecer que se fundem um no outro, uma qualidade impressionante e para Fernando Pereira que apresenta potência vocal incrível e uma presença em palco deslumbrante.

Com o recinto já bem mais composto, sobem ao palco os Ninja Kore, banda que venceu o Optimus Live Act no passado mês de Junho que os permitiu atuarem no Optimus alive. Com este cartão de apresentação, pouco mais é preciso dizer. A qualidade deste grupo é enorme e custa a acreditar que só existem há 2 anos, dada a já considerável legião de fãs. Viajando entre o Dubstep, o drum'n'bass e o electro, a banda não esconde as suas influências, desde prodigy a sonoridades orientais. Este foi o momento da noite em que foi possível ver uma plateia ao rubro.

A finalizar a noite, tivemos Twisted Trools, que é um duo de DJ'S composta por Miguel Varela (Neurotronik) e Tiago Matos (Slash), e já com um considerável numero de fãs nos Açores, este duo mostrou o que melhor se faz nos Açores no que ao Trance diz respeito.

Nota excelente para o som que se fez notar no recinto bem como para o forte policiamento existente.

Para o dia de hoje espera-se com ansiedade o regresso de David Fonseca aos Açores, de Da Chick que esteve recentemente no Acro 8 e a estreia dos The Poppers em território Açoriano. O fim da noite será entregua a Match Attack Showcase, que é nada mais nada menos que uma coletiva de DJ'S composta por Moullinex, Da Chick, Xinobi, Bandido$ e Cpt. Luvlace.