Pouco passava das 21:30 quando se ouviram os primeiros acordes daquele que é, no momento, o projeto Nacional com maior credibilidade.
Um concerto super intenso, onde Tó Trips e Pedro Gonçalves mostraram toda a sua mestria em palco, coadjuvados pelo enorme Alexandre Frazão na bateria. Numa viagem entre os 5 discos da banda, os Dead Combo mostraram-se iguais a si próprio, lacónicos, intrigantes e misteriosos. Com os Dead Combo não há cá "Salamaleques", vieram para tocar e foi isto que fizeram.
O concerto foi dividido em duas partes, antes de Frazão se sentar na bateria e depois. A primeira parte do concerto foi muito mais intima e mágica, onde Tó Trips dava o mote na sua guitarra e Pedro Gonçalves saltava entre o contra-baixo, a guitarra, o piano e até o Kazoo. Temas como Pacheco, Sopa de Cavalo Cansado, Putos a roubar Maçãs, Mr Eastwood e Rodada fizeram as delicias do Teatro Micaelense.
Com a entrada de Frazão para a bateria, o concerto entrou numa onda mais ritmada e com alguns tons de psicadelismo mágicos. Este não é um baterista qualquer, Natural do Brasil e instalado em Portugal já há largos anos, Alexandre Frazão já colaborou com nomes como Maria João e Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Rui VEloso entre muitos outros.
Para o fim um encore onde a banda terminou com "Lisboa Mulata". Esta foi a primeira aparição dos Dead Combo nos Açores, numa atuação onde apenas faltou mais 1 hora de concerto. No fim, a banda agradeceu visivelmente satisfeita pela envolvência que conseguiram com o Teatro Micaelense.
Os Micaelenses pedem um regresso breve.