terça-feira, 29 de maio de 2012

Entrevista do Sons No Vento aos X-Wife


O Sons no vento fez uma breve entrevista a uma das melhores bandas portuguesas da atualidade, os X-Wife. A banda comemorou o seu 10º aniversário no passado dia 21 de Abril na sala TMN ao Vivo e considera este, ao par do concerto em paredes de Coura, um dos melhores concertos da sua carreira. 

Veja aqui a entrevista:



Como e quando decidiram formar os X-Wife?
3 amigos que ouvem discos vão para uma sala de ensaios sem qualquer objectivo e da forma mais descontraída possível. Desde o 1º ensaio houve algo entre os 3 que nos entusiasmou.

Porquê o nome X-wife?
O “X” aparece bastante ligado à cultura punk, nomes como “Generation X” ou “X-Ray Spex”, bandas que nos influenciaram. O nome é também de certa forma algo provocador com algum humor uma vez que somos 3 homens. Para finalizar fica no ouvido.

Quais as vossas principais influências?
O punk e pós punk dos anos 70 e o leftfield disco do final dos anos 70. Artistas como o Brian Eno, os Talking Heads, os the Clash ou o David Bowie são as nossas grandes influências.

Como é feita a composição das vossas músicas? Quem se encarrega do quê?
Da forma mais comum, penso eu. A inspiração são os sons que cada um de nós produz num determinado momento, durante os ensaios, onde és ao mesmo tempo inspirado pelo que ouves com inspiras pelo que estás a tocar.

Qual o melhor concerto que já deram?
Vários, recentemente foi a celebração dos 10 anos de carreira. Foi mágico revisitar os temas mais antigos e ter em palco amigos que nos acompanharam ao longo destes 10 anos.
Outro muito especial foi Paredes de Coura em 2006 debaixo de chuva torrencial. Foi incrível não ver o público a arredar pé e esquecer que até os ossos já estavam molhados.

Com quem desejariam partilhar um palco e onde?
Isso era algo com que sonhava quando era mais novo. Hoje, quando já o partilhamos com algumas bandas que são nossas referências o momento que acabei por gostar mais foi o nosso 10º aniversário onde 4 amigos transformaram à sua imagem as nossas músicas. Não tinha trocado nenhum desses convidados por mais ninguém.

O que acham do público português no geral?
Os nossos melhores concertos foram por cá, acho que não preciso dizer mais nada!

Consideram o Infectious Affectional o "Vosso álbum"?
Considero que todos são os “nossos” álbuns. Têm todos o seu momento, são todos feitos com o máximo entusiasmo e entrega. Quando ouço os discos mais antigos vejo o meu passado da mesma forma que quando olho para uma foto onde sou mais novo. Viajo para esses tempos.


Porquê o nome Infectious Affectional?
Infeccioso Afectivo, é parte da letra da “Stay In” e represeta bem aquilo que o disco é.

Sem dúvida são uma das melhores bandas Nacionais. Internacionalmente como é a reação do público que vos ouve?
Não fica indiferente, temos sempre público que nos conhece e que dança o que é óptimo.

No passado dia 23 de Abril deram um concerto na semana académica da Universidade dos Açores. Vi que houve ali uma tensão entre a banda e um elemento do público. O que se passou?
Nada de especial, é o mal do excessos comuns a longas horas da noite.

O que acharam deste concerto? Voltariam?
Foi a nossa 3ª actuação nos Açores. Adoramos os Açores, voltamos sempre que nos convidam.

Como está a vossa agenda para o Verão?
Estamos a preparar a tour do 10º aniversário, que esperemos correr Portugal um pouco por todo o lado.

Em que estado acham que se encontra a música portuguesa?
Existem muitas e boas bandas, musicalmente está bastante inspirada. Tenho pena que as bandas não possam tocar mais, com a crise o público guarda-se mais para os grandes eventos e acaba por não apoiar estas novas bandas tanto como mereceriam.

Que projetos destacam em Portugal?
 The Glockenwise, Dead Combo, Legendary Tigerman, We Trust, Márcia, PZ, ficam sempre bandas de fora nestas coisas!!

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