O Sons no vento fez uma breve entrevista a uma das melhores bandas portuguesas da atualidade, os X-Wife. A banda comemorou o seu 10º aniversário no passado dia 21 de Abril na sala TMN ao Vivo e considera este, ao par do concerto em paredes de Coura, um dos melhores concertos da sua carreira.
Veja aqui a entrevista:
Como
e quando decidiram formar os X-Wife?
3
amigos que ouvem discos vão para uma sala de ensaios sem qualquer
objectivo e da forma mais descontraída possível. Desde o 1º ensaio
houve algo entre os 3 que nos entusiasmou.
Porquê
o nome X-wife?
O
“X” aparece bastante ligado à cultura punk, nomes como
“Generation X” ou “X-Ray Spex”, bandas que nos influenciaram.
O nome é também de certa forma algo provocador com algum humor uma
vez que somos 3 homens. Para finalizar fica no ouvido.
Quais
as vossas principais influências?
O
punk e pós punk dos anos 70 e o leftfield disco do final dos anos
70. Artistas como o Brian Eno, os Talking Heads, os the Clash ou o
David Bowie são as nossas grandes influências.
Como
é feita a composição das vossas músicas? Quem se encarrega do
quê?
Da
forma mais comum, penso eu. A inspiração são os sons que cada um
de nós produz num determinado momento, durante os ensaios, onde és
ao mesmo tempo inspirado pelo que ouves com inspiras pelo que estás
a tocar.
Qual
o melhor concerto que já deram?
Vários,
recentemente foi a celebração dos 10 anos de carreira. Foi mágico
revisitar os temas mais antigos e ter em palco amigos que nos
acompanharam ao longo destes 10 anos.
Outro
muito especial foi Paredes de Coura em 2006 debaixo de chuva
torrencial. Foi incrível não ver o público a arredar pé e
esquecer que até os ossos já estavam molhados.
Com
quem desejariam partilhar um palco e onde?
Isso
era algo com que sonhava quando era mais novo. Hoje, quando já o
partilhamos com algumas bandas que são nossas referências o momento
que acabei por gostar mais foi o nosso 10º aniversário onde 4
amigos transformaram à sua imagem as nossas músicas. Não tinha
trocado nenhum desses convidados por mais ninguém.
O
que acham do público português no geral?
Os
nossos melhores concertos foram por cá, acho que não preciso dizer
mais nada!
Consideram
o Infectious Affectional o "Vosso álbum"?
Considero
que todos são os “nossos” álbuns. Têm todos o seu momento, são
todos feitos com o máximo entusiasmo e entrega. Quando ouço os
discos mais antigos vejo o meu passado da mesma forma que quando olho
para uma foto onde sou mais novo. Viajo para esses tempos.
Porquê
o nome Infectious Affectional?
Infeccioso
Afectivo, é parte da letra da “Stay In” e represeta bem aquilo
que o disco é.
Sem
dúvida são uma das melhores bandas Nacionais. Internacionalmente
como é a reação do público que vos ouve?
Não
fica indiferente, temos sempre público que nos conhece e que dança
o que é óptimo.
No
passado dia 23 de Abril deram um concerto na semana académica da
Universidade dos Açores. Vi que houve ali uma tensão entre a banda
e um elemento do público. O que se passou?
Nada
de especial, é o mal do excessos comuns a longas horas da noite.
O
que acharam deste concerto? Voltariam?
Foi
a nossa 3ª actuação nos Açores. Adoramos os Açores, voltamos
sempre que nos convidam.
Como
está a vossa agenda para o Verão?
Estamos
a preparar a tour do 10º aniversário, que esperemos correr Portugal
um pouco por todo o lado.
Em
que estado acham que se encontra a música portuguesa?
Existem
muitas e boas bandas, musicalmente está bastante inspirada. Tenho
pena que as bandas não possam tocar mais, com a crise o público
guarda-se mais para os grandes eventos e acaba por não apoiar estas
novas bandas tanto como mereceriam.
Que
projetos destacam em Portugal?
The
Glockenwise, Dead Combo, Legendary Tigerman, We Trust, Márcia, PZ,
ficam sempre bandas de fora nestas coisas!!
Sem comentários:
Enviar um comentário