quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Entrevista a David Santos - Noiserv

A entrevista de hoje foi feita pelo Sonsnovento a mais um grande dos novos artistas Nacionais, este artista é David Santos, que em palco toma o nome de Noiserv.
Desde já agradeço a enorme disponibilidade do David para colaborar no blog e ajudar à divulgação da boa música que se faz em Portugal:

Com que idade despertaste o gosto pela música?

Desde que me lembro.

Como descobriste que podias marcar a tua presença no panorama da música Nacional?


Acho que isto não se descobre, é algo que se vai conquistando passo a passo! E com cada conquista, ambicionamos uma nova!

Noiserv foi mesmo o teu primeiro projecto ou tiveste alguma outra banda antes
?

Desde os meus 15 anos que fui tendo várias bandas, noiserv apareceu quando tinha 23, por isso ainda foram 8 anos recheados de bastantes bandas.

Como te surgiu a ideia de utilizar toda aquela parafernália de instrumentos?


Foi algo que se foi construindo ao longo dos tempo, mas surgiu da necessidade de não me querer restringir apenas a um instrumento para conseguir alguma diversidade em termos dos sons utilizados.

Integras a tua música em algum estilo ou achas que conseguiste criar algo novo?


É-me complicado responder a esta pergunta, não faço música com o objectivo de pertencer a um estilo especifico, nem em tentar fazer algo nunca antes feito, limito-me a dar por concluida uma música quando eu proprio estou satisfeito com ela e sinto que não conseguiria fazer melhor! Se o resultado final é 100% original ou faz parte de um estilo já existente não me preocupo com isso, e dessa forma não consigo integra-la em um dos dois.

Quais os teus artistas / bandas preferidos?

Escolhendo apenas dois: Radiohead e Sigur Rós!

Qual o melhor concerto a que assististe?
Sigur Rós no Coliseu de Lisboa a 1 de Março de 2003!

Onde foi a tua melhor actuação?

Pergunta dificil! Acho que todos os concertos são importantes, desde que haja pelo menos uma pessoa no público tem de ser o melhor concerto de sempre. Pessoalmente, cada concerto é especial, de concerto para concerto tudo pode mudar e à sua maneira cada um se torna especial por isso! Guardo pelo menos uma memória de cada um deles, e por isso é dificil escolher apenas um!



Qual a sensação de ter aberto um dia do Super Bock Super Rock?

Muito boa mesmo! Estar ali naquele palco enorme, com um publico também enorme, saber que horas depois estaria ali a Beth Gibbons no meu lugar, foi um misto de muito boas sensações!

Há algum género musical que não consigas ouvir mesmo que te paguem?

Tenho uma pequena aversão ao funk, mas se calhar é apenas porque não conheço o suficiente para começar a gostar.

Visto que já actuaste algumas vezes fora do nosso pais, como reagem os estrangeiros ao ouvir a tua música? Qual o feedback que tens?

Felizmente o feedback tem sido muito bom, sinto que o gosto das pessoas pelo que tenho feito não tem fronteiras e isso deixa-me bastante feliz.

Até onde achas que pode chegar “Noiserv”?

Prefiro não pensar nisso, enquanto eu gostar e sentir que as pessoas gostam do que eu estou a fazer, faz sentido continuar. Onde chegar? Só o tempo o dirá!

Qual a sensação de ser convidado para participar na banda sonora de “José e Pilar”?

Um privilégio enorme e por outro lado um sentido de responsabilidade também. Saber que a minha música vai ser usada como pano de fundo para um documentário que homenageia um dos maiores escritores portugueses é uma grande honra!

A música “Palco do Tempo”, é o teu primeiro registo em português. Foi único ou poderás vir editar mais temas na nossa língua?

Foi o único até ao momento, mas faz parte dos meus planos futuros fazer algo mais completo cantado em Português. Não porque veja nisso uma prioridade, mas porque é um bom desafio.

Com que banda/artista gostarias de partilhar um palco e onde?

Thom Yorke, em qualquer sitio do mundo!

De onde surgiu o nome “Noiserv”?

Se reparares é muito parecido com VERSION, mas lido no sentido oposto, surgiu por aí! A troca do 'E' com o 'R', fez sentido para ter a palavra 'noise' o que seria de certa forma uma antítese com o género de música!

Qual a tua música favorita de sempre?

Há tantas!!! As músicas definem certos momentos da nossa vida e por isso não podemos ter apenas um momento favorito de sempre, temos vários! Vou escolher uma música com a qual gosto de reviver uma série de momentos e sem grandes surpresas: Radiohead “No Surprises”!

Em breves palavras, o que achas do momento da música Nacional?

Muito Bom! Acho que temos cada vez mais bandas, e cada vez mais boas bandas, acho que finalmente não só os músicos, mas também o público acredita no valor da música feita por portugueses. Lembro-me perfeitamente de há uns 10 anos se uma banda ou um músico era português era erradamente conotado de má qualidade, hoje em dia vemos cada vez mais músicos portugueses a encher as nossas salas, e depois, tudo isto é uma bola de neve, se há cada vez mais exigência há obrigatoriamente cada vez mais qualidade.


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